O Néctar da Videira

No brilho rubro do copo derramado, Dançam aromas de chão e sol passado. O vinho conta histórias em silêncio antigo, De uvas que sonharam com o sol amigo. No lábio toca o tempo, lento e profundo, Como memórias guardadas de outro mundo. Entre notas de cereja, carvalho e mar, Sente-se a terra, o vento, o luar. Cada gole é viagem, é segredo, é festa, É riso, é dor, é alma que se manifesta. E quando o vinho acalma a língua e o coração, Fica a lembrança da videira em canção.

Amílcar Remos - Poeta

10/29/20251 min ler

black and silver fountain pen
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